Chamada VOIP com servidor SIP Redirect: Entenda como funciona este modelo

Chamada VOIP com servidor SIP Redirect: Entenda como funciona este modelo

Chamada VOIP com servidor SIP Redirect: Entenda como funciona este modelo

Estou trabalhando em uma empresa de Telefonia VOIP e sempre escuto por aqui sobre o servidor sip entre outros termos. Como sou um pessoa bem curiosa fui procurar saber mais sobre como é feito redirecionamento das ligações e alguns termos. Achei legal estar disponibilizando essas curiosidades com vocês.

As ligações VOIP, assim como qualquer informação que trafega na Internet, também se baseiam em tráfego de pacotes que utilizam um protocolo (regras que regulamentam a comunicação entre duas máquinas).

O protocolo utilizado nas ligações VOIP pode ser SIP, IAX, h.323, MGCP, XMPP, ou outros, porém, atualmente o protocolo SIP tem sido melhor aceito pelas empresas de telecom tendo uma boa difusão no mercado de telefonia.

Hoje falaremos um pouco sobre o funcionamento deste protocolo e abordaremos diálogo SIP com um servidor proxy interligando dois ramais.

No diagrama SIP abaixo podemos observar o funcionamento de uma ligação VOIP entre dois ramais cadastrados no mesmo servidor SIP:

Ligação VOIP entre: Ramal SIP A <=> Servidor SIP <=> Ramal SIP B

Neste exemplo de chamada usando o protocolo SIP é possível observar facilmente as mensagens trocadas para estabelecer a chamada. Abaixo o passo a passo do diagrama:

1 – O usuário Lucien discou para o usuário Carlos, neste momento o ramal do Lucien encaminhou o INVITE para o servidor.sip (servidor em que está registrado);

2 – O servidor encaminhou o INVITE para o ramal do usuário Carlos que está registrado no mesmo servidor (ligação interna), e respondeu ao Lucien “100 Trying” informando que está tentando efetuar a ligação;

3 – O ramal do Carlos quando recebe a solicitação da chamada envia o “180 Ringing” para o servidor, informando que recebeu o INVITE e está chamando;

4 – O servidor repassa para o ramal do Lucien a mensagem informando que o telefone está chamando;

5 – O Carlos atende o telefone, neste momento o ramal dele envia “200 OK” informando que o telefone foi atendido e já é possível estabelecer o fluxo de mídia;

6 – O servidor repassa o “200 OK” para o ramal originador da chamada (Lucien) que responde com “ACK” (Acknowledge) confirmando que recebeu o “200 OK”;

7 – O servidor repassa o “ACK” para o ramal do Carlos que ao receber a confirmação abre a sessão de mídia diretamente entre os dois ramais, dando inicio a conversação entre os dois usuários.

8 – O usuário Carlos encerra a chamada, nesse momento o ramal envia a mensagem de BYE, informando o sinal de desligamento.

9 – O servidor repassa o BYE para o ramal do Lucien, que responde com 200 Ok, confirmando o encerramento da chamada.

Através desta mesma imagem podemos fazer algumas observações:

Sempre que o ramal destino estiver disponível e receber a requisição de chamada (INVITE) ele retorna o Ring (180 Ringing) informando que está chamando. Caso este ramal esteja ocupado, não esteja registrado ou por algum outro motivo não possa atender ele irá retornar um código de erro.

O fato de a mídia estar passando diretamente de um ramal para o outro (ponto-a-ponto), é um forte indicativo do Servidor.sip estar atuando como um SIP Proxy.

Em uma chamada com o áudio passando ponto-a-ponto o servidor não tem como fazer controle de mídia ou gravar as chamadas, porém o consumo de banda é muito menor, afinal só trafegam os pacotes Sip (puramente texto) para o controle da chamada no Servidor.sip .

Neste caso a ligação VOIP está sendo feita entre dois ramais cadastrados no mesmo servidor SIP, mas a realidade da telefonia nem sempre é esta. Como funciona uma chamada entre dois servidores SIP ou ainda para a rede pública é algo que abordaremos em outro post.

No caso de haver algum problema no envio do encerramento da chamada (BYE) geralmente ocorrem as “chamadas presas”, que continuam ativas por não terem recebido o sinal de desligamento.

Pacote SIP (INVITE):

abaixo podemos ver no pacote SIP do tipo INVITE as informações básicas contidas nele e o campo que indica a mensagem:

U 2013/01/30 11:01:57.455004 192.168.0.50:1024 -> 192.168.0.150:5060
INVITE sip:4031@servidor.sip SIP/2.0.
Via: SIP/2.0/UDP 192.168.0.50:1047;branch=z9hG4bK188800439.
From: “Lucien <4030>” <sip:4030@servidor.sip>;tag=738994358.
To: <sip:4031@servidor.sip>.
Call-ID: 1287077758@192.168.0.43.
CSeq: 1 INVITE.
Contact: <sip:4030@192.168.0.50:1047>.
Content-Type: application/sdp.
Max-Forwards: 70.
Content-Length: 293.

INVITE: Nesta linha são enviados os comandos que estabelecem o diálogo SIP. A mensagem INVITE é a solicitação de uma nova chamada. Note que neste campo também é possível observar o número destino (número de B).

From: Este campo identifica o originador da chamada (número de A).

Fonte: Blog Sippulse

O que é URA ? Curiosidades do mundo de Telefonia VOIP

Comunicação Voip

Comunicação Voip

URA é a abreviatura de Unidade de Resposta Audível. Trate-se de um aparelho utilizado por empresas de call center (atendimento) para que possam ser digitadas opções no atendimento eletrônico.

De uma forma geral, uma URA é um microcomputador convencional, ao qual se agrega um hardware específico para realizar as tarefas de telefonia (tais como atender, discar, desligar, reconhecer dígitos, falar, etc), e um software que controle este hardware de forma a atender a objetivos específicos.

As placas variam de acordo com a quantidade de canais que se deseja atender simultaneamente, o tipo de linha telefônica a que se destina (analógicas ou digitais) e à funcionalidades específicas, tais como fax, reconhecimento de fala, reconhecimento de pulsos decádicos, e outros.

Reconhecimento de fala

A partir do final da década de 90, a tecnologia de reconhecimento de fala passou a ser confiável e comercialmente alcançável por muitas organizações. Ainda que permaneça um recurso que implica custos altos, muitas vezes o retorno obtido com o investimento indica o seu uso.

A tecnologia consiste em reconhecer na fala do usuário palavras-chave que funcionam como marcadores de desvio no fluxo seguido pela URA. O caso mais simples é o reconhecimento de dígitos isolados, quando um cliente ao invés de digitar ou discar os dígitos no telefone pode-se falar estes dígitos (“um”, “sete”, “nove”, “quatro” por exemplo).

Um caso intermediário é o reconhecimento de números compostos, letras e certas palavras chaves tais como “setecentos e quatorze”, “L”, “Z”, “SIM”, “NÃO”. O caso mais complexo é o reconhecimento de “fala natural”, quando se pode extrair dados a partir de um discurso mais complexo, tal como “aplicar mil e duzentos dólares na minha conta de previdência privada”. Como “fala natural” entenda-se discursos limitados de gramática conhecida em determinado contexto do fluxo da URA.

Telefonia IP (VOIP) – Tendências de mercado além da comunicação de voz

Serviço de Telefonia Voip

Serviço de Telefonia Voip

Visualize um cenário em que os colaboradores de uma empresa podem levar o ramal do telefone corporativo em seus smartphones pessoais podendo falar, via 3G, sem utilizar a linha celular. Ou, pense em um sistema Telecom em que é possível saber se a pessoa com quem você deseja falar está com a linha ocupada, dando a opção de enviar um recado via chat no celular.
 
Além disso, imagine ser convocado para uma reunião justamente em um horário que você não pode se deslocar, mas, mesmo assim você consegue ver, falar e colaborar documentos com os demais participantes via videoconferência em um tablet. Todas estas funcionalidades trariam redução de custos e aumento de produtividade às empresas, mas será que já temos toda esta tecnologia disponível?
 
A resposta é sim, atualmente tudo isso é possível, pois nossa tecnologia já evoluiu o suficiente para atender a estas demandas.
 
Retrocedendo para a década de 80, quando a demanda por telefonia no Brasil estava no ápice, grandes condomínios residenciais, agiam como empresas e tinham de compartilhar linhas telefônicas em um PABX para ratear o custo e atender a todos, pois linhas telefônicas fixas eram escassas e caras, inclusive o indivíduo recebia ações da Telebrás como moeda de troca, com a justificativa que estava financiando a instalação do parque telefônico no país.
 
Em 90, quando houve a migração das plataformas analógicas de telefonia para digital (CPA) e os PABX passaram a ser processados por microprocessadores como um PC, o investimento necessário para renovar o parque instalado nas operadoras e nas empresas fez com que os custos com telefonia explodissem, o budget destinado aos custos com telefonia tinha muita importância no orçamento das empresas, sem falar nos custos com celulares que vieram na sequência. Neste momento o mercado começou a buscar alternativas mais viáveis, daí surgiram as primeiras experiências com telefonia IP.
 
Empresas começaram a oferecer o serviço de voz sobre internet e adaptações eram feitas com ATAs para interligar o PABX corporativo no link de internet e ser possível se comunicar com menor custo, e surgiu também a possibilidade de falar pelo MSN e o SKYPE. Muitas empresas aderiram, mas em pouco tempo voltaram atrás, pois a qualidade e disponibilidade deixavam muito a desejar. Só pessoas físicas foram em frente utilizando estes serviços, e este movimento não motivou as operadoras a reduzirem seus custos para os clientes.

Com o passar do tempo o Skype e o MSN ganharam volume extraordinário e novos protocolos de compressão foram desenvolvidos, o que melhorou sensivelmente a qualidade de voz sobre IP e despertou novamente o interesse corporativo. Subitamente não era mais necessário criar uma infraestrutura de rede para telefonia e outra para dados: o mesmo cabo que conecta o telefone conecta o PC, com apenas um ponto de rede sob a mesa do colaborador. As equipes internas de telefonia e informática puderam se fundir a um mesmo grupo que cuida dos servidores de dados e telefonia.

 
Um novo grupo de empresas apoiadas por investidores surge oferecendo novamente VoIP no mercado, mas desta vez com o produto mais maduro, trazendo melhor qualidade e custos menores na década de 2000. Aí sim as grandes operadoras percebem e, para não perder mercado, passam a conceder descontos para seus principais clientes não migrarem para telefonia IP.
 
O mercado passa a clamar por telefonia IP dentro das carriers, mas elas não respondem, pois seus produtos são muito lucrativos e insistem em manter a política de telefonia tradicional com links R2 de 30 linhas ou pares de fios analógicos. Mas o inevitável aconteceu: as menores, mais ágeis, com menor custo e com um nível suficiente de qualidade começam a tomar uma parte significativa do mercado e ameaçam as gigantes do mercado de Telecom.
 
Finalmente, algumas grandes operadoras saem na frente e cedem, criando novas empresas, ou estabelecem segmentos para oferecer VoIP ao mercado com menor custo.
 
Estamos iniciando uma nova década, e assistimos empresas de tecnologia lançarem produtos inusitados, enquanto operadoras de Telecom prometem custo fixo e liberdade total em ligações telefônicas e tráfego de dados sem limite. A convergência é uma realidade inexorável; agora precisamos de dedos mais longos e ágeis, pois não temos mais só o controle remoto da TV para clicar ou tocar. Tudo tende a ser touch e carregará em si as aplicações que o cliente escolher porque precisa ou deseja.
 
Texto, voz, imagem, localizadores e outros integram Smart TVs que ganharam acesso à internet; automóveis incorporam os recursos de text to speech para ler suas mensagens SMS. Essa crescente do mundo VoIP, entre outras aplicações do unified massaging já trouxe alguns movimentos de mercado, como a compra do Skype pela Microsoft, com o objetivo de integrar a ferramenta junto ao Outlook no Xbox, o console de jogos de Microsoft. Outro exemplo foi o Google, que comprou a Motorola mobility para conseguir harmonia entre seu sistema operacional Android e um celular que será produzido especificamente para ele.
 
A convergência destas tecnologias representa maior conforto para o usuário, porém, uma coisa muito importante que não podemos deixar de compreender é que Skype, Google Talk, MSN ou Facebook, ou mesmo o smartphone possui um sistema operacional, com aplicativos diversos e que se comunica com outros dispositivos, e principalmente, carregam informações particulares potencialmente valiosas. Diante disto, o recomendado é que empresas não utilizem estas ferramentas “grátis” indiscriminadamente, para não expor suas ações e estratégias.
 
O ideal é que contratem empresas especializadas em telefonia IP, videoconferência e demais aplicações que façam projetos e que tragam segurança e alta disponibilidade. Hoje é possível aproveitar seu parque instalado de telecomunicações, introduzindo alguns elementos na rede que transformarão sua topologia para telefonia IP, com custos de investimento rapidamente retornáveis pela redução de custos que proporcionam. Os produtos VoIP podem ser locados a preços que variam no mercado entre 3% a 7% do valor global de venda, dependendo do período contratado. Assim, se a empresa tem uma conta telefônica que gira em torno de R$ 10.000,00/mês, é possível reduzir em 40% a conta, locando equipamentos e aplicativos por cerca de R$ 2.000,00/mês.
 
O conceito de virtualização de aplicações também já é uma realidade. É possível colocar nos servidores das empresas aplicações como ramal em celulares, por exemplo, sem introduzir nenhum hardware, em muitos casos. Muitas vezes basta um simples gateway entre seu PABX e a Internet para que sua empresa possa se comunicar com ramais e PABX remotos ou celulares e tablets 3G sem custo adicional, além do que já é pago pelo link de internet.
 
Essas são algumas ferramentas para serem utilizadas na busca do aumento de produtividade que o conceito de unified messaging pode trazer. Interessante, não? Mais feliz ainda ficará seu diretor financeiro quando perceber que não precisará aumentar seu plano de pacotes de minutos. Na verdade poderá reduzi-lo, pois precisará apenas que o departamento de TI encomende um projeto de otimização de recursos.
 
Fonte: Olhar Digital